Scooters elétricas Vortex - Uma aposta perdida

O investimento na mobilidade elétrica requer um plano de negócio estruturado, com uma proposta de valor clara para o consumidor final. Adicionalmente, deverá existir uma paixão genuína pelos veículos elétricos.

Neste segmento de mercado já existiram várias empresas que não se deram bem, fundamentalmente pelos motivos referidos anteriormente. 

A Gingabike reclamava ser líder de mercado na venda das quase scooters e, por isso,  achou que nas scooters elétricas também o poderia ser. 

No entanto, passado alguns anos, porque razão as scooters elétricas Vortex foram um claro fracasso de vendas? 

Claramente, a "comunidade elétrica" não reconheceu valor aos produtos anunciados pela empresa Gingabike, que apresentou preços elevados face à qualidade dos seus veículos.

Pior do que não ter vendas, foi o rumo que a empresa tomou, com o anúncio recente de venda de motas a combustão. Uma clara inversão na estratégia do negócio, que antes assentava na mobilidade elétrica. 

Em termos de comunicação a empresa entrou em clara contradição com o que anunciava anteriormente, dando uma imagem não  credível sobre os valores que anunciava, com destaque para a sua preocupação com o ambiente e uma defensora acérrima da mobilidade sustentável.

A título de exemplo, trasncrevemos a seguir parte do discurso de um dos dirigentes da Gingabike, revelador de uma falta de ética e moral, face à atual estratégia da empresa, virada para  a comercialização de "veículos barulhentos e fumarentos":

As motorizadas e scooters muito poluentes, praticamente já não existem nas grandes cidades.
As que aparecem nos eventos tipo Scooter parade e no U-scooter de Lisboa são puras máquinas de museu e que só aparecem nestas ocasiões.
Eu já tinha escrito algures que não é boa publicidade para as duas rodas este tipo de eventos com máquinas antigas a poluir concentradamente no tempo e no espaço.
Se este ano houver SCOOTER PARADE, vou condicionar a minha presença. Ou eu, com uma scooter eléctrica não poluente ou as fumarentas.
Lembro bem dos gestos de desaprovação ao evento por parte do muito público ao longo dos passeios: EXCESSO DE POLUIÇÃO SONORA E ATMOSFÉRICA.
Muita gente e muitos condutores foram limitados na sua liberdade de se passear pelas ruas do Porto com os seus automóveis no dia do evento, para deixar passar uma caravana de barulhentas e fumarentas máquinas do século passado.
Nessa onda de fumo e ruído, não desejo entrar.


Scooters elétricas Vortex - Uma aposta perdida Scooters elétricas Vortex - Uma aposta perdida Reviewed by Scooters Elétricas on junho 15, 2018 Rating: 5

1 comentário

  1. O texto abaixo é de facto de minha autoria. Porém, eu referia-me e continuo a referir a minha total discordância por concentrações de scooters e motorizadas a 2 tempos que consomem gasolina mistura (gasolina + óleo). Não me referia às motos com motores a 4 tempos e com injeção eletrónica com certificação EURO IV iguais às que a Gingabike comercializa. O autor do comentário, tem claro propósito de desvirtuar e descontextualizar as afirmações que fiz sobre o SCOOTER PARADE. Aliás, penso que este evento acabou e ainda bem.
    Resta dizer que a Gingabike foi talvez a empresa que mais investiu na mobilidade elétrica em duas rodas. Não teve sucesso porque os consumidores não aderiram e continuam a não aderir, seja qual for a marca.

    Artur Freitas
    As motorizadas e scooters muito poluentes, praticamente já não existem nas grandes cidades.
    As que aparecem nos eventos tipo Scooter parade e no U-scooter de Lisboa são puras máquinas de museu e que só aparecem nestas ocasiões.
    Eu já tinha escrito algures que não é boa publicidade para as duas rodas este tipo de eventos com máquinas antigas a poluir concentradamente no tempo e no espaço.
    Se este ano houver SCOOTER PARADE, vou condicionar a minha presença. Ou eu, com uma scooter eléctrica não poluente ou as fumarentas.
    Lembro bem dos gestos de desaprovação ao evento por parte do muito público ao longo dos passeios: EXCESSO DE POLUIÇÃO SONORA E ATMOSFÉRICA.
    Muita gente e muitos condutores foram limitados na sua liberdade de se passear pelas ruas do Porto com os seus automóveis no dia do evento, para deixar passar uma caravana de barulhentas e fumarentas máquinas do século passado.
    Nessa onda de fumo e ruído, não desejo entrar.

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